
Com efeito, os autores contemporâneos Millôr Fernandes e Flávio Rangel descortinam as relações humanas para constituir um projeto estético calcado no teatro de resistência política. Desse modo, a peça procura, em tom incisivo e com uso de uma linguagem que oscila entre o lírico e o cômico, denunciar um quadro caótico e desintegrado das figuras humanas.
Apresentando nomes históricos e ficcionais, os autores fornecem um maior grau de densidade, provocando no espectador um efeito real. Nesta leitura dramatizada, a proposta é colocar o artista negro no foco e na afirmação do poder político, social e real. Nomes como Nelson Mandela, Angela Davis, Abdias Nascimento e Carolina Maria de Jesus estarão presentes e somados ao negro olhar sobre a liberdade.