Apaixonado por trens, Flávio Alves aderiu ao hobby do ferreomodelismo

O ferreomodelismo é uma atividade muito antiga, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias diminuiu drasticamente. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por esse passatempo se intensificou.

Em Niterói, por exemplo, o engenheiro eletricista Flávio Rodrigo de Miranda Alves, de 55 anos, aderiu à ocupação para matar a saudade dos áureos tempos das ferrovias, e até hoje os trens despertam curiosidade e saudosismo nas pessoas.

Alves passou a se dedicar ao ferreomodelismo ainda criança, quando tinha 10 anos, quando ganhou um conjunto de trens. Durante mais de duas décadas, o presente ficou guardado, mas acabou sendo “descoberto” após o nascimento de seu filho.

“A partir daí, com mais tempo e um pouco mais de dinheiro, reativei esse hobby”, contou o engenheiro, que reúne, em sua coleção, cerca de 30 locomotivas e 80 vagões, e até tentou passar a paixão para seu filho. “Ele gosta de trens, mas é mais uma alma perdida para o videogame”, brincou.

No Brasil existem diversas associações que reúnem os ferreomodelistas. O estado do Rio de Janeiro, aliás, é um dos mercados mais atraentes para os fabricantes de trens em miniatura.

“As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e o crescimento ajuda a fomentar ainda mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens”, disse Lucas Frateschi, diretor da empresa Frateschi Trens Elétricos.