No decorrer da vida, várias estruturas do organismo sofrem alterações, que têm sido muito bem estudadas. Até os 20 anos, a pele amadurece e, a partir daí, começa um processo progressivo de envelhecimento. Isso coincide, na mulher, com a fase do pico máximo de produção de estrogênio e seu declínio, no final da segunda década de vida. Por volta dos 50 anos, a mulher já produz menos cerca de 50% de estrogênio e esses níveis caem, abruptamente, após a menopausa. Seus principais sinais e sintomas são: calores, suores noturnos, aumento de peso, irritabilidade e susceptibilidade a infecções.

Os valores acima estão diretamente relacionados com a atrofia da pele, perda de colágeno, elastina e ácido hialurônico, bem como, com a formação de rugas e acentuação dos sulcos. Ocorrem também alterações na distribuição do tecido adiposo, com perda de volume em partes importantes, como a face e áreas de reabsorção óssea. Ainda são observadas outras alterações fisiológicas como: alterações da integridade da barreira cutânea, declínio da percepção sensorial e da dor, diminuição da termorregulação, alterações no processo de cicatrização, diminuição nas funções imunológicas e diminuição na produção de vitamina D.

Importante entender que essas alterações acontecem em todo o organismo e, por isso, sintomas como ressecamento e lubrificação vaginal, diminuição da libido e incontinência urinária, inicialmente aos pequenos esforços, também vão estar presentes. A reposição hormonal seria uma grande solução para esses problemas, porém, é extremamente controversa e contraindicada quando há história pessoal e familiar de câncer de mama e endométrio, vasculopatias, doenças coronarianas e insuficiência hepática.

A hidratação, da face e do corpo, se torna de extrema necessidade. Não se esqueça da fotoproteção diária, se possível, usando filtros com antioxidante e cor de base, para proteger, não só contra a radiação ultravioleta, mas, contra a luz visível e infravermelho. Antioxidantes, firmadores e antienvelhecimento também devem ser usados.

Após avaliação dermatológica, pode ser feita a combinação de toxina botulínica e ácido hialurônico. Os lasers e o ultrassom microfocado são excelentes opções, inclusive, para as áreas genitais e intravaginais, melhorando a atrofia, a lubrificação e a incontinência leve.

Acima de tudo, é importante o contato com a sua pele, uma forma de resgate do amor próprio. O ato de se cuidar, de se tocar, se acariciar, gera estímulos positivos que refletem em todo o organismo. Por isso, acreditamos na autoestima rosa e no poder da pele em todos os seus 50 tons de rosa.