Raissa Machado chega ao seu sétimo carnaval à frente da bateria da Viradouro

O carnaval de 2020 será muito especial para Raissa Machado. Pelo sétimo ano consecutivo, a beldade será a rainha de bateria da Unidos do Viradouro. E, para ela, o número tem um significado místico que irá ajudá-la a brilhar na Sapucaí junto com a sua amada escola, no dia do desfile, domingo (23).

“Acredito que cada número tem uma vibração e sua significância. O número sete é mágico e perfeito. Acredito, e tenho certeza, que faremos um grande e belíssimo carnaval, com o sete nos dando muita sorte! Além disso, temos uma comunidade forte. Com muito trabalho, entraremos para buscar o título”, aposta.

Em tempos de compra de vaga pelo desejado posto, Raissa só é superada em longevidade no cargo de Rainha de Bateria no Grupo Especial por Viviane Araújo (Salgueiro) e Raissa de Oliveira (Beija-Flor), que estão à frente de suas baterias há 12 e há 17 anos, respectivamente. A musa revela o segredo para esse “casamento” com a vermelha e branco de Niterói dar tão certo e ser tão duradouro:

“É o amor. Posso dizer que sou apaixonada pela minha comunidade. Eles são sensacionais e me receberam e continuam me tratando sempre com tanto carinho e respeito, que até me emociona. Em contrapartida, não me vejo apenas como uma rainha. Me vejo como qualquer outro componente da comunidade, lutando e se entregando a cada ano para buscar o campeonato. E isso é muito fruto do tratamento que recebo deles. Somos uma família e me sinto muito à vontade estando no meio todos. Eu amo a minha comunidade, amo a minha Viradouro!”, relata Raissa.

Ela não lembra, ao certo, quando começou a sua paixão pelo carnaval, mas recorda de sempre gostar muito.

“E ser rainha é um sonho para qualquer menina, não é?”, indaga.

Rainha de bateria desde o Carnaval de 2014, Raissa tenta explicar a sensação que é desfilar na Sapucaí à frente dos ritmistas da Viradouro.

“É difícil de explicar, porque é um misto de sensações muito grande. Acho que primeiro vem o peso da responsabilidade de representar o seu pavilhão. Mas tem também o amor, que transborda no peito e supera qualquer coisa. Acho que a melhor sensação de estar na avenida é você sentir a energia do público, as batidas da bateria pulsando no mesmo ritmo que o coração. É tudo tão incrível, tão mágico! A gente se sente um verdadeiro pop star ou astro do rock”, brinca a musa.

O posto de rainha não caiu em seu colo, como conta a própria Raissa. Houve sacrifícios por parte da musa, que garante não entrar em nada pensando de forma negativa, ainda mais, quando se trata de correr atrás dos seus sonhos.

“Gosto de dar o meu melhor e esperar o melhor possível daquilo que estou fazendo. Sou uma menina maranhense, que chegou em Niterói há 34 anos, cheia de sonhos e sem nada para comer. E hoje, ser a rainha de bateria de uma escola de samba como a Viradouro é incrível demais. É uma coisa muito do tipo: Raissa Machado, do Maranhão para o mundo. E falo isso, pois o carnaval carioca tem mesmo essa dimensão mundial”, finaliza.