Deputado destaca Niterói e Alerj no combate ao Covid-19

O deputado estadual Paulo Bagueira (SD) falou com a Folha de Niterói sobre esses novos tempos em que estamos vivendo. O papel da Prefeitura de Niterói no combate à pandemia que vem tendo elogios até da imprensa estrangeira e a atuação da Alerj, como parlamento estadual que além de várias leis aprovadas, destinou recursos a municípios e à UFRJ para a produção de respiradores. “Sabemos que isso vai passar, mas é necessário continuar tendo respeito às regras e amor ao próximo”, diz Bagueira.

Folha de Niterói: Como o senhor tem visto toda essa situação envolvendo a pandemia do coronavírus?

Paulo Bagueira: Bom, primeiro que as pessoas devem levar isso a sério. Não se iludam, não é uma doença qualquer. É algo grave e ao mesmo tempo muito triste, pois nos afasta daqueles que amamos. Para se ter ideia de como a coisa é séria, o mundo se viu obrigado a dar uma guinada, deixando de lado o pragmatismo econômico para olhar mais para a vida dos seus habitantes. Por outro lado, a economia também é importante. É um exercício e tanto, vou te dizer. E de verdade, espero que seja uma lição para melhorarmos enquanto seres humanos.

FN: Mas acredita que alguém não esteja levando isso a sério?

PB: Eu gostaria de acreditar que não. Mas de uma maneira geral acho que boa parte da população entendeu. Em Niterói, por exemplo, a maioria dos moradores percebeu a gravidade da situação e compreendeu que o momento é de se resguardar e seguir as determinações da prefeitura. Se não fosse assim, com certeza estaríamos vivendo um caos.

FN: E por que acha que a população vem acatando o isolamento?

PB: Desde o início do combate ao coronavírus, Niterói seguiu à risca o protocolo da OMS. Não por acaso as ações da prefeitura levaram a cidade a se tornar referência no país, com reconhecimento no exterior, no combate à doença. O governo entendeu que a pandemia não é apenas um fenômeno de saúde, mas também social e econômico. Desta forma, vem resguardando ao máximo à população, pois sem uma abordagem integrada seria muito difícil ter êxito nesse cenário.

FN: Que ações o senhor destacaria?

PB: A cidade foi uma das primeiras do país a iniciar o teste em massa para diagnosticar o Covid-19, por exemplo, o que facilita a identificação dos contaminados e o seu isolamento. Fora isso, criou um hospital de referência; adequou espaços para moradores de rua; reforçou a vacinação contra a gripe; distribuiu de kits de higiene; fechou espaços públicos para evitar aglomerações; concedeu auxílio de R$ 500; abriu linha de crédito para as empresas, enfim, foram inúmeras medidas, e que ainda continuam sendo adotadas. Tudo isso fez a população vir junto com o governo.

FN: E como tem sido a postura da Alerj nesse cenário?

PB: Tenho participado de todas as sessões pelo sistema on-line. Mais de 90% do que votamos está atrelado ao combate ao coronavírus, seja por intermédio dos projetos de lei ou na destinação de verbas do Fundo da Alerj. Sou coautor, por exemplo, nos projetos que permitiu o financiamento de respiradores produzidos pela UFRJ; que isentou profissionais de saúde e da segurança da cobrança de pedágio durante a pandemia e o que propôs a vacinação em domicílio dos integrantes do grupo de risco. Temos trabalhado muito. Sabemos que isso vai passar, mas é necessário continuar tendo respeito às regras e amor ao próximo.