Há dez anos, a cidade de Niterói testemunhava o início de uma transformação significativa em sua mobilidade urbana com o lançamento do programa “Niterói de Bicicleta”, idealizado e coordenado pela prefeitura, e desde 2020 sob a liderança de Filipe Simões. Ao longo dessa década, a malha cicloviária da cidade cresceu exponencialmente, proporcionando aos cidadãos opções mais seguras e sustentáveis para se deslocarem pela região.

“Em 2013, Niterói tinha a malha cicloviária praticamente zerada. Hoje, após a criação do Niterói de Bicicleta, são mais de 80 quilômetros de ciclovias intensamente utilizadas, como a da Avenida Amaral Peixoto, da Marquês do Paraná e do tão sonhado Túnel Charitas-Cafubá”, disse Filipe Simões.

Filipe Simões, coordenador do Niterói de Bicicleta

Além do aumento expressivo na extensão das ciclovias e ciclofaixas, a prefeitura também implementou o Bicicletário Arariboia, que é o maior bicicletário público coberto da América Latina. Essas iniciativas não apenas contribuem para a redução do tráfego e das emissões de poluentes, mas também promovem um estilo de vida mais saudável e ativo entre os moradores.

Para Filipe Simões, a principal conquista da pasta foi ajudar a colocar a bicicleta no coração do niteroiense.

“Em um passado recente havia quem protestasse contra as ciclovias e a implementação de infraestrutura cicloviária em geral. Isso não acontece mais, porque avançamos muito na conscientização e provamos firmemente a importância dessa pauta”, comentou.

Em sintonia com o compromisso contínuo com a mobilidade sustentável, 2024 marca um marco importante para o programa “Niterói de Bicicleta”, com a introdução planejada de bicicletas compartilhadas. Essa nova fase promete democratizar ainda mais o acesso à mobilidade sustentável, ampliando as opções de transporte para os moradores e fortalecendo a cultura ciclística na cidade.

“A NitBike será o maior sistema de bicicletas compartilhadas do País, quando comparado ao tamanho da população. Assim como o Rio tem aquelas bikes laranjinhas, teremos as nossas roxinhas”, afirmou Simões, que garantiu novas entregas do programa para esse ano: “iremos ampliar a malha cicloviária, que chegará a 100 km, e criar o Polo Cicloviário, um projeto de educação e formação de ciclistas e motoristas que combina cultura, arte, empreendedorismo e muito mais”.

E Filipe Simões, que chegou ao Niterói de Bicicleta em 2015, como estagiário, sonha alto. Essa sua trajetória de quase 10 anos deu a possibilidade não apenas de integrar essa grande estruturação das políticas cicloviárias, mas também de pensar em quantas coisas ainda dá para fazer.

“Niterói já é a cidade das bicicletas, mas há potencial para fazer, com mais tempo, muito mais. É possível avançarmos com mais ciclovias para regiões como a Zona Norte e Pendotiba. É possível ampliar o cicloturismo, que já estamos fortalecendo com o Plano Municipal de Cicloturismo de Niterói. É possível incentivar o uso das bicicletas elétricas como alternativa ao automóvel. Tudo isso será possível de ser feito se mantendo um compromisso contínuo com a mobilidade urbana sustentável”, finalizou Simões.