Niterói deu um passo inédito e pioneiro na área da sustentabilidade urbana. Nesta quarta-feira (28), o prefeito Rodrigo Neves deu início às obras do Parque Solar do Morro do Boa Vista, no bairro de São Lourenço, Zona Norte da cidade. A iniciativa marca a implantação da primeira usina de energia solar em uma comunidade do Brasil, posicionando o município como referência nacional em inovação energética e inclusão social.
Durante a cerimônia que reuniu moradores, servidores e autoridades da Prefeitura, o prefeito destacou a importância do projeto, que contempla a instalação de 450 painéis solares, totalizando 2.700 módulos ao longo da encosta do morro. Parte da energia gerada será destinada à própria comunidade da Boa Vista, enquanto o restante abastecerá prédios públicos municipais.
“Esse projeto vai ser uma referência no país. As pessoas vão despertar a curiosidade sobre o Morro do Boa Vista, porque será a primeira comunidade brasileira a produzir sua própria energia solar. E vamos seguir com obras de contenção e urbanização na região, que será uma das primeiras a receber o programa Vida Nova no Morro”, declarou Rodrigo Neves.
O projeto está sendo executado pela Empresa de Infraestrutura e Obras de Niterói (ION) e contará, além da geração de energia limpa, com um sistema de coleta e reaproveitamento de água da chuva. Essa água será usada na limpeza das placas solares, irrigação de mudas e também estará disponível para ações de combate a incêndios, reforçando a segurança ambiental do local.
A vice-prefeita Isabel Swan, que também responde pela Secretaria de Clima, Resiliência e Defesa Civil, lembrou que o projeto — batizado de Encosta Verde — já foi reconhecido nacionalmente.
“É um projeto premiado que mitiga uma série de riscos com soluções baseadas na natureza. Além da geração de energia, cria um cinturão de proteção em uma área com alta incidência de queimadas durante períodos de seca. Estamos trazendo segurança, sustentabilidade e desenvolvimento para a comunidade”, afirmou.
O investimento total no Parque Solar é de R$ 7,7 milhões, com previsão de conclusão das obras em setembro deste ano. Com essa iniciativa, Niterói se consolida na vanguarda das cidades brasileiras que aliam preservação ambiental, inclusão social e inovação tecnológica.