A psicanalista Andrea Ladislau

Celebramos nesta semana, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo e o início do Abril Azul. Vamos aproveitar esse momento mágico e aprender a lidar com esses anjinhos que demandam toda nossa atenção, cuidado e afeto.

A pessoa que possui o chamado “espectro” autista exige uma estrutura de cuidados diferenciada,  como fonoaudiólogos,  psicólogos,  psiquiatras, visitas constantes a um médico e exames. Mas entenda que o autismo não é uma tragédia. Além do estigma, muitos autistas sofrem discriminações e violações de seus direitos humanos. E é na relação com os pais/parentes ou cuidadores mais próximos que podemos ter a mais poderosa das terapias: o amor.

Volte seu olhar para o autista de forma a deixá-lo mais confortável e, lembre-se que o autismo é a característica da personalidade e não limita a potencialidade do indivíduo.  Quanto mais o autista sentir-se acolhido, compreendido e tranquilo em relação ao meio em que está inserido, mais ele conseguirá expressar seus desejos e vontades e, desta forma,  haverá maior interação com o seu mundo.

Enfim, autismo é apenas uma palavra, não uma sentença.  Ele não se cura, mas se compreende. Acolha sua criança ou adulto como um ser único e cheio de amor guardado no peito, prontinho para distribuir e colorir a vida. E que tenhamos assim, maior sensibilidade para ajudar o autista a se desenvolver dentro de seus limites.

O mais importante é procurar proporcionar a eles uma melhor qualidade de vida, ajudando a decodificar o mundo até que tenha condições de ser mais independente.  Neste processo a aceitação é o primeiro passo.

A paciência,  compaixão e empatia são alguns dos sentimentos mais presentes no processo de aprendizagem do cuidado ao autista.  E, sem dúvida alguma, o amor é a maior ferramenta no processo de compreensão e ajuda desse indivíduo único e tão especial.