Na semana passada permaneci algumas horas na casa de um grande amigo chamado Vinicius Sobrino Gahyva, cujo apelido fora oriundo de um antigo desenho chamado faísca e fumaça. Indubitavelmente ele é semelhante com o faísca, um corvo do bem que hoje é estampado em suas camisas e kimonos de competição. Conversávamos sobre a existência de Deus e nossas posições diante da vida e, obviamente, de algumas atitudes. Fui apelidado de Professor. Xavier por meu grupo de amigos – o mutante pai dos X-men.

Não posso negar que me pareço com o ator – careca, sério e de poucas palavras. Mesmo sendo graduado em jiu-jitsu, estou anos luz atrasado de Faísca a Adriano Lúcio, motivo pelo qual sofro constantes “bullyings” – na verdade são “tiranias” saudáveis e peculiares que me fazer sorrir e acreditar na amizade sincera. Mas já disse que se eles precisarem de minhas aptidões médicas o desfecho deles será trágico… Vinicius sempre aperta o terço e pede proteção quando assim brinco. Adriano é mais comedido. No fundo ambos sabem que é uma vingança para apavorá-los.

Vinicius me orientou a conversar de minha maneira com Deus. Tenho certeza que não lesei ninguém propositalmente nessa vida; tento ao máximo ser parceiro, ajudar, estender as mãos e ofertar o que posso. Se alguém já se sentiu mal na minha presença ou infeliz com alguma atitude peço desculpas com o coração aberto.

Iniciei minha conversa com Deus e, obviamente, pedi saúde e paz para o mundo. Abracei-lhe em meus pensamentos e imaginei uma luz amarelo clara sobre meus filhos, uma espécie de circuito de proteção. Nunca jogo fora, não desisto, simplesmente me permito viver, lutar e ser feliz.

Atualmente fui agraciado com uma espécie de índia; essa que me tira o sono algumas vezes ao entardecer. Mentira – todos os dias ela está na minha caixa de surpresas cerebral – algum sistema de recompensa – como o límbico. Possuí olhos pequeninos e pretinhos feito jabuticabas, cabelo enegrecido, sorriso lindo e dotada uma inteligência e perseverança fora do comum. É sempre bom conversar com Deus… nunca é demais.

Não sei com que palavras vou agradecer a Deus e os presentes mais bonitos que ele já me emprestou – João e Bento. Todo mundo sabe, não dá pra esconder, é só olhar para meus filhos, que é possível me enxergar. E quanto à índia? Creio que essa seja uma das mulheres mais interessantes e desenhados pelo meu cérebro.

“Nossa vida é um presente de Deus e o que fazemos dela é o nosso presente a Ele”.

São João Bosco