A psicanalista Andrea Ladislau

A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno que afeta diversas pessoas. Pode ter seu início desencadeado a partir de uma ansiedade generalizada e não tratada, é uma condição onde há crises súbitas de ansiedade, medo, desespero associados a sintomas físicos: dor no peito, falta de ar, tontura, formigamentos, tremores, suor excessivo. A sensação é de morte ou perda do controle. A crise pode acontecer sem motivo aparente ou após um estresse emocional, e depois, gera ansiedade antecipatória (medo de acontecer novamente). Ao longo do tempo, sem o devido tratamento, o medo de perder o controle da situação faz o indivíduo evitar lugares muito cheios ou fechados. E quando se forçam, acabam desencadeando novas crises que se tornam mais constantes, e atrapalham a realização de atividades simples do cotidiano, como: ir ao mercado ou entrar no elevador.

Os últimos levantamentos do Ministério da Saúde afirmam que temos hoje no Brasil, cerca de 4 a 6 milhões de indivíduos sofrendo com a Síndrome do Pânico. É um dos transtornos mais graves da ansiedade. Seu número maior de afetados está entre as mulheres e o número de doentes vem crescendo a cada dia. Vivemos momentos delicados onde é comum nos sentirmos inseguros e preocupados… o atendimento de pacientes com sintomas de dor no peito e sensação de morte com o diagnóstico de crise de pânico, aumentou muito nos consultórios, onde o objetivo do profissional é descobrir e fazer com que o paciente perceba o que desencadeia essa sensação e aprenda a ter autocontrole nos momentos de crise.

As crises podem surgir de forma inesperada, em uma fração de segundos, os sintomas tradicionais de uma síndrome do pânico começam a surgir. O medo toma conta, o corpo começa a tremer, as mãos começam a suar, o coração acelera, sensações de desmaio, de estar flutuando, medo de ter um infarto ali mesmo. A duração da crise pode variar de pessoa para pessoa, podendo ter picos de 5 até 30 minutos.

Após a crise, vem uma sensação de esgotamento e cansaço. A psicoterapia é uma possibilidade muito eficaz para que a pessoa retome o seu bem-estar e qualidade de vida, pois a Síndrome do pânico tem cura, embora seja difícil alcançar a cura completa do transtorno. A taxa de recaída da síndrome é bastante elevada e a maioria das pessoas volta a sofrer ataques de pânico. Dentre os tratamentos, o mais eficaz é a combinação de medicamentos e psicoterapia. Os remédios mais usados são os antidepressivos e os ansiolíticos, enquanto que a técnica de psicoterapia mais utilizada é a terapia comportamental.

Os medicamentos atuam sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença. Já a psicoterapia trabalha os medos, as fobias, a ansiedade e ajuda a pessoa a mudar a sua atitude diante dos ataques de pânico. Esse tratamento costuma trazer bons resultados e pode fazer cessar completamente os sintomas ou torná-los mais leves e controlados. A cura total ou não da síndrome do pânico depende de cada paciente.
O tratamento inclui também tratar de doenças que podem estar associadas ao transtorno do pânico, como a depressão, presente em mais da metade das situações.

Portanto, devemos estar sempre atentos aos sinais que nosso corpo e nossa mente emitem. A síndrome do pânico é uma condição associada a crises repentinas de ansiedade aguda, que são marcadas por medo excessivo e desespero, associado a sintomas físicos e emocionais, e todas as vezes que acontece é de forma aterrorizante, desencadeando a sensação de agorafobia. Caracterizados pelo elevado grau de estresse, pensamentos irracionais, medo geral ou medo do desconhecido.  Tudo potencializado pela mente que está doente e não consegue se auto comandar. Motivo pelo qual o controle emocional é de suma importância na busca do equilíbrio para minimizar os prejuízos dessa Síndrome