Há um ano, o jovem Jhonata Barcelos, de 21 anos, morador do Morro do Estado, em Niterói, viu um sonho ser realizado: foi contratado como educador socioambiental do projeto “Programa de Educação Ambiental (PEA) de Rendas do Petróleo”, da Fundação Instituição Administrativa (FIA) para a Petrobras. Jhonata, que sempre trabalhou informalmente, viu sua vida mudar depois que entrou para o curso de assistente administrativo do Projeto Niterói Jovem EcoSocial, que tem como objetivo oferecer capacitação profissionalizante, desenvolver habilidades sociais e realizar formações nos territórios.

O jovem começou a trabalhar cedo, aos 13 anos. Já carregou material de construção, foi atendente de uma loja, foi Jovem Aprendiz em uma rede de restaurantes, vendeu doce na comunidade e em bailes funks e foi camelô. Durante esses anos (muitas vezes com dois empregos), Jhonata conta que nunca deixou de estudar.

“Via pessoas da minha família, que são bem remuneradas, e que sempre falavam para mim: ‘Estuda!’. Isso me inspirou. E eu não tinha condições financeiras de patrocinar um curso para mim mesmo. Eu trabalhava para me manter. Quando eu vi a oportunidade, resolvi tentar”, disse Jhonata, se referindo ao curso do EcoSocial.

Para Jhonata, tudo que aprendeu durante o curso fez toda a diferença para ser selecionado para a vaga na FIA. No entanto, ele pontua que para a seleção também foi muito importante a sua experiência e vivência em comunidades.

“Por isso, digo a quem tem a oportunidade de fazer o Niterói Jovem EcoSocial ou qualquer outro curso profissionalizante, como eu: aproveitem ao máximo, não tenham medo de perguntar. A gente vai se construindo, uma pessoa não nasce profissional, ela se constrói profissionalmente. Quem eu sou hoje na minha carreira foi a soma de 50% do que o EcoSocial me proporcionou, com 50% do meu esforço, dos meus questionamentos”, afirmou.

O trabalho de Jhonata hoje consiste em educar socioambientalmente o público mais atingido pelas rendas petrolíferas de Niterói, principalmente os mais jovens. A cidade recebe R$ 1,8 bilhão de renda petrolífera. Além de Niterói, o educador apoia as equipes de Maricá e Guapimirim. E volta e meia está em São Paulo, onde funciona a sede de sua empresa.