Evento marca lançamento de programa com investimento de R$ 130 milhões e reúne grandes nomes da cultura em dia de homenagens, debates e celebração da memória artística da cidade

Com a Sala Nelson Pereira dos Santos lotada, o lançamento do NAV 2025 – Niterói Audiovisual, nesta segunda-feira (16), celebrou o início de um novo ciclo para o audiovisual na cidade. O evento reuniu autoridades, artistas e profissionais do setor em uma programação que alternou reflexão, emoção e inovação, reforçando a vocação de Niterói como um dos principais polos culturais do país.

A cerimônia de abertura foi conduzida com carisma por Dira Paes, e contou com a apresentação da Orquestra Aprendiz Musical, projeto que já revelou talentos e promove a formação artística de jovens da rede pública. Na sequência, mesas de debate com nomes relevantes do cinema brasileiro trouxeram à tona temas como representatividade, mercado e políticas públicas.

Entre os convidados, destaque para Adélia Sampaio, pioneira como a primeira cineasta negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, e Clayton Nascimento, ator e diretor que tem se destacado por sua atuação em produções contemporâneas. Os dois emocionaram o público ao compartilharem suas trajetórias e visões sobre os caminhos possíveis para o setor audiovisual.

À noite, o tom foi de homenagem e experimentação artística. A exibição do documentário “Arthur, O Gigante”, sobre o músico niteroiense Arthur Maia, resgatou a história de um dos maiores baixistas do país. A sessão foi seguida por uma apresentação impactante, com o pianista Jonathan Ferr, o DJ MAM e projeções em videomapping, que transformaram o ambiente em uma verdadeira instalação audiovisual.

Mais do que um evento simbólico, o NAV 2025 representa um compromisso efetivo com o fortalecimento da cultura local. Com R$ 130 milhões em investimentos, o programa contempla ações estruturantes em diversas frentes: formação, fomento à produção, preservação da memória e ampliação do acesso aos conteúdos audiovisuais.

Com essa iniciativa, Niterói se reposiciona no mapa nacional do audiovisual, não apenas como celeiro de talentos, mas como cidade que investe de forma consistente em cultura como política pública e vetor de desenvolvimento.