O edifício que abrigou, de 1930 a 1976, o Mercado Municipal de Niterói, na Avenida Feliciano Sodré, e depois passou a ser o Depósito Público Estadual, está recebendo obras na parte interna, restaurando os traços de art déco. O trabalho é meticuloso e feito com cuidado para manter todas as características da arquitetura neoclássica do lugar, que dará espaço ao novo Mercado Municipal.

Nessa etapa da obra estão sendo concluídas as intervenções na parte interna do edifício, com o reforço estrutural e reforma de colunas.

O imóvel faz parte de um conjunto arquitetônico da região portuária de Niterói. Com uma área de cerca de 9.700 metros quadrados, o local estava desativado há cerca de 30 anos. A Prefeitura de Niterói municipalizou o mercado e lançou a PPP (Parceria Público Privada) para a revitalização. A ideia é que o local se transforme em um dos principais espaços gastronômicos, de cultura, lazer e turismo do Estado do Rio de Janeiro.

“A revitalização do espaço faz parte de um conjunto de medidas que a Prefeitura de Niterói está tomando para ajudar a gerar emprego e renda, alavancar o empreendedorismo e a economia do município, aproveitando a vocação turística da cidade”, explicou Igor Baldez, subsecretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói que coordena o projeto de revitalização do espaço. “ O local tem todo um conceito histórico que envolve a renascença fluminense quando políticos e intelectuais buscavam uma identidade para a cidade, na época, a capital. Estamos trabalhando também para ajudar a revitalização da indústria naval através da dragagem do Canal de São Lourenço e buscando incentivo para abertura do Entreposto de Pesca”, completou.
Ele destaca que o empreendimento será um dos melhores projetos do setor no Brasil e dará impulso direto para as cervejarias e empresas do ramo alimentício.

Parceria

A Prefeitura de Niterói e o consórcio Novo Mercado, vencedor da licitação, firmaram uma PPP para a reforma e gestão do espaço por 25 anos. O investimento do consórcio será de R$ 69 milhões em três anos, sendo R$ 30 milhões na reforma do atual prédio.

O térreo do mercado será um espaço para comercialização de frutas, incluindo espécies raras e de cultivo orgânico, verduras, legumes, produtos tradicionais da região, açougue, empórios especiais, produtos gourmet, queijos, laticínios e especiarias. No mezanino ficarão restaurante, cervejarias artesanais, adega.

Na segunda fase, serão construídas uma nova praça e um centro cultural e edifício garagem com 300 vagas. Todo o local contará com medidas de sustentabilidade, como o uso da luz natural, reaproveitamento de água de chuva e telhado verde.