Marco Orsini é MD PhD Médico com Formação em Neurologia- UFF. Professor Titular da Universidade de Vassouras e UNIG. Professor Pesquisador da Pós-Graduação em Neurologia – UFF.

Em busca de um pouco de paz decidi rabiscar essa crônica na casa de um amigo em Itacoatiara. Adriano Lúcio encontra-se sentado estudando algumas posições de jiu jitsu e ao mesmo tempo, flutuações do mercado financeiro. Falamos um pouco de nossos princípios. A maneira de como a vida cobra lá na frente.

Hoje o tempo não está dos mais favoráveis para um mergulho, uma trilha ou mesmo um esporte ao ar livre. O tempo que estamos enfrentando tem nos sinalizado para mudanças bruscas e radicais. Há meses que não parava para interpretar o som dos pássaros; a forma de comunicação desses animais tão nobres. O canto dos sabiás também quase que extintos puderam ser ouvidos. A grama agraciada de gotículas de água e o inspirar de ar puro em Itacoatiara sincronizaram meus pulmões e cérebro. É verdade que estamos, de alguma forma, estudando como melhorar. Tempos para reflexão.

Acho que a humanidade precisa se refazer; seja lá de que maneira. Um exemplo seria um balanço de nossas atitudes, comportamentos e decisões a fim de que estas se direcionem para o bem. Uma boa sincronia de pensamentos positivos e inocentes poderia ser uma saída para colhermos alguns bons frutos.

O mundo está muito fechado com sombras e tendências às amoralidades e sentimentos egoístas. Por falar nisso, já começaram os movimentos de bandeiras de partidos políticos e aquela tal de agonia por ganhar dinheiro e não fazerem absolutamente nada por nós. Perdão; falo da grande maioria deles; a grande mesmo. Uma enorme…

As vezes observo o céu e busco um refúgio. Tento acalmar a minha mente inquieta e conversar comigo mesmo o fato de não poder controlar os segundos passados e futuros.
Existe um desinteresse pelo bem comum. Os fortes explorando as regiões e garimpando o resto do ar contido nos alvéolos pulmonares dos pobres. Vamos cuidar do mundo e de nossas verdadeiras riquezas (família). Não importa de que maneira, mas façamos, desde que exista amor e vontade com o próximo e com a natureza.

Que esse ar puro, que Deus me concede nesse dia chuvoso seja motivo, para cada vez mais pensar intensamente nesses tempos difíceis e conturbados que estamos vivendo.

Dedico essa crônica ao meu amigo Cláudio Morales e Pillar de Biot. Queria deixar um cheirinho para todas as crianças do mundo, em especial para João e Bento. Seria descortês não lembrar de Laura Villa Bande Santiago, filha de Lúcio.