Décimo quinto livro do autor traz análise sobre o futuro do meio ambiente e da humanidade
A trajetória da preocupação humana com o meio ambiente é o tema do livro “O Planeta Terra Colapsa”, de Carlos Cova, que será lançado nesta quinta-feira, dia 29/05, às 15h, no saguão da Câmara de Vereadores de Niterói. A obra atualiza o leitor sobre a temática ambiental e o problema do aquecimento global, sobretudo no momento em que o Brasil vai sediar a COP 30, em Belém (PA). Docente na UFF durante 20 anos, o autor, de 59 anos, é doutor em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, economista, advogado, contador e administrador. Este é seu décimo quinto livro.
A publicação remonta desde os primórdios daquilo que hoje se entende por política ambiental, o surgimento da ideia de sustentabilidade e seus desdobramentos, a incorporação do fator ambiental nas decisões econômicas, até os dias atuais. Aborda ainda a Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, em 1992, no Rio de Janeiro, conhecida como ECO 92, quando os países se defrontaram com a necessidade de reduzir a emissão dos gases de efeito estufa sob pena de o aquecimento global comprometer de forma irreversível o modo de vida na Terra. A narrativa segue pelos sucessivos eventos que marcaram a luta pela conservação do planeta, como as Conferências das Partes (as famosas COP), de cuja próxima edição o Brasil será a sede. O Protocolo de Kyoto, o Acordo de Paris e as mudanças climáticas, que hoje já são uma realidade aqui no Brasil, também são objeto da temática do livro.
“A proposta consiste em consolidar, em uma única obra, todos os aspectos mais relevantes que devem ser considerados pelas pessoas de bem, na escolha das políticas públicas, e, por sua vez, dos políticos que vão implementá-las, para que possa ser feita uma mobilização relevante em prol do planeta Terra, do meio ambiente e das gerações futuras”, explica o autor.
O livro lança um alerta, ao mesmo tempo em que apresenta uma síntese do que foi a trajetória do estudo acerca do meio ambiente e das mudanças climáticas nas últimas décadas. “Aqui no Brasil, estamos assistindo à chegada de eventos climáticos extremos, como secas duradouras e chuvas devastadoras, temperaturas muito acima da média e alterações no ritmo das estações. Tudo isso ainda é agravado com queimadas nas florestas e campos, sobretudo queimadas irresponsáveis e criminosas. Há também uma extensa falta de comprometimento com a gestão de resíduos, com a gestão do lixo e com a emissão de efluentes na natureza”, dispara Cova.
Segundo o escritor, a grande polêmica reside no fato de que, de um lado, um grupo de pessoas entende que as mudanças climáticas decorrem de um processo natural que acomete o planeta ao longo das eras, e, em oposição, outro grupo considera que as mudanças estão ocorrendo de forma acelerada em razão da ação humana, sobretudo devido à emissão de gases de efeito estufa. Tais vertentes de pensamento, de acordo com o escritor, entram em conflito em razão, principalmente, das implicações que eventuais políticas governamentais possam acarretar para os sistemas de produção e geração de riquezas.
“Neste aspecto, o conflito se dá entre aqueles que querem reduzir e alterar o modo de produção e uso de energia e os que desejam manter as coisas como estão, alegando que os alertas sobre as mudanças climáticas são tentativas de obstruir a geração de riquezas de determinados grupos e países”, analisa.
Cova reforça que as emissões de gases de efeito estufa causam ou agravam o aquecimento global, e este, por sua vez, é o principal causador dos eventos extremos que assolam o planeta atualmente. Ele afirma que o modo de produzir e consumir importa, e que empregar combustíveis mais limpos, sob a ótica das emissões de poluentes, também seria uma medida relevante para a mitigação deste quadro.
“Este livro é antes de tudo um alerta sobre o futuro que aguarda a humanidade caso essa tendência nefasta não seja revertida. De um modo geral as pessoas não se incomodam com a ideia de um futuro não muito bom ou distópico, exatamente pelo fato de que elas em geral vivem e se importam apenas com o tempo presente. Contudo, o futuro um dia chega. A areia da ampulheta do tempo que nos resta está terminando. Não temos um ‘planeta B’ para ir quando a Terra colapsar. Por isso, fazemos esta convocação para que todas as pessoas responsáveis e conscientes auxiliem nesta empreitada”, conclui Cova.